Tantas amizades que fiz quando ainda morava lá. As reuniões de orações e vigílias até de manhã, os aniversários que comemorei lá.
A casa do Dom Pedro, foi um marco na minha vida. Tantos das alegrias como das tristezas. Afinal foram quase 20 anos naquela casa. Nunca reformada completamente. Sempre pela metade.
Não posso esquecer das farras de domingo na piscina, que parecia enorme quando eu era criança e depois não passava de uma piscininha que mal dava para dá umas braçadas.
A Milinha nasceu na casa do Dom Pedro também. Mas ela nem deve lembrar porquê ficou pouco tempo lá.
Lembro dos cahcorros que tivemos, a Xuxa, She-ha, Targa, xamã, catucha..... Amava ter cachorros.
Lembro da escolinha que eu estudei que era quase do lado de casa, Mundo da criança e de uma professora que marcou minha infância a tia Meire. E a pracinha????? Genteeee quantas conversasss naquela pracinha. E a goiabera da casa da Ilcia. hahahahhaa. Quantos bons momentos. E o ladeirão? Quem nunca desceu aquela ladeira no toco de bicleta sem pensar nos perigos de vir um carro, da bicicleta capotar? e de patins então? que delíciaa. Eu também não posso deixar de falar da taberna do seu Oliveira.( Tio, me dá tudo isso de chiclete).
A maioria das amizades da igreja que eu fiz tbm foram lá. Na escala de tempo a última amiga que eu fiz lá foi a Elene. Ela acompanhou meu processo de ir embora da casa do Dom Pedro e partir para o P.10. Não foi sofrido, mas eu não sabia que as consequências desse processo viriam depois....anos depois.
A mudança para o P.10 aconteceu pq meus pais se separaram. Eles já estavam separados em casa, mas a gente só se deu conta depois que realmente nos separamos. Foi a minha mãe, eu e as meninas ( Amanda, Fê e Milla) para o P.10 e ficaram meu pai e meu irmão naquela casa. A minha casa com cheiro de infância. Ficou enorme para aqueles dois. Foi até assaltada logo depois. Triste né? Aquela casa que me proporcionou tantos bons momentos, também tinha me proporcionado momentos ruins, que me fez querer ficar bem longe de lá para não precisar lembrar. Hoje adoraria passar por lá. Conversar com os vizinhos que ainda moram por lá, comer um pastel.
Tão triste ver que hoje as crianças não tem infância como a nossa. Elas não tem espaços para brincar. Rua para correr e jogar queimada. Hoje as coisas estão tão perigosas, que é difícil até deixar a criança ir brincar na casa de outra criança. Afinal, você não conhece e nem tempo de conhecer os pais, vai que é algum surtado, pedófilo da vida... Deus nos livre. E deixar a criança ir no mercadinho ou na padaria ? nem pensar, algum louco pode sequestrá-la. Hoje com as mães sem tempo ( me incluo como futura mamãe ) as crianças passam o dia na escola. Não tem mais a rua para topar o dedão do pé, ou subir naquelas arvores e roubar as goiabas, mangas e outras frutas da casa do vizinho. E as brincadeiras com a barbie? para onde foram as crianças que hoje só sabem dançar o créu e o rebolation, não ouço mais música da xuxa, angélica, Eliana. Não tem mais coreografias do vou de táxi, agora o legal é o Justin Bieber, é ter um Ipod, Mp3, celular que tira fotos.
Sinceramente acho que as crianças de hoje perderam um pouco da infância e ingenuidade que tínhamos aos 7, 8, 9 anos. Lógico que muitas coisas mudaram para melhor, mas ainda não encontrei nada melhor do que na hora do recreio brincar de Ana 1, ana 2, zig zag e sai, com aquele elástico encardido. Ou de Amarelinha, corda, bambolê, queimada, barra bandeira, Agendas com códigos ( na adolescência).
Vai ser muito gostoso compartilhar minha vida com meus filhos e ainda tentar fazer álbuns de fotos nessa era digital ! Mas vou tentar.
Um beijo enorme para todos os meus amigos que conheceram a minha casa do Dom Pedro, que estudaram comigo no Mundo da criança, que brincaram de queimada comigo, que comeu bolinho de chuva com café com leite e que um dia já se divertiu muito comigo naquela casa.
Beijos para os amigos novos que hoje experimentamos sensações que lembraremos mais tardes.
Beijos para minha família que eu amo muitooooo e que morro de saudades.
Uma fotinho minha e da Millinha.
